domingo, 29 de novembro de 2009

Final de ano chegando!!




Nossa, terça-feira já será dezembro!! Como em todos os anos, fico admirada de saber que o tempo passou voando, que será que fiz com o meu tempo?? Tenho a impressão que estão tirando horas de meu relogio, porque não é possivel que o dia tenha 24 horas e muitas vezes não consigo dar conta de tudo. Nesta época, também começa a me dar um desespero por saber que falta tão pouco tempo para se resolver tantas coisas, será que meus alunos conseguiram aprender alguma coisa, será que consegui ensinar algo de bom para eles?? Detesto fazer estas reflexões, mas elas são mais que necessárias, pois se tornarão os alicerces para os proximos anos, se eu continuar em sala de aula, é claro, pois no momento estou de aviso prévio, está faltando pouco para eu estar definitivamente desempregada este ano. Espero poder trabalhar novamente ano que vem! Tomara que um anjo passe neste momento e diga: AMÉM!!! Porque eu amo estar em sala de aula, é o lugar onde consigo me realizar, afinal, sala de aula não tem um dia igual ao outro, são tantas as emoções, como diria alguém um pouco mais famoso que eu (KKKKKKKKKKKKKKK!!), existem aqueles dias onde você só falta sair da escola chorando porque nada do que você planejou deu certo, mas existem outros, onde um só aluno consegue aprender alguma coisa, que torna você o ser humano mais especial da terra. Isto é a mola mestra de um professor, e é exatamente isto que me faz amar a profissão que me escolheu, pois eu nunca na minha vida escolheria esta profissão, mas como os designios de Deus não nos cabe entender e sim realizar, acabei me tornando pedagoga somente para poder fazer uma faculdade sem ter que sair da cidade, e demorei praticamente o curso inteiro para descobrir que podia ser uma professora de verdade (ainda não sei se sou professora de verdade, estou tentando), e só fui descobrir isto no estágio. Na minha adolescencia, andei namorando o magistério, mas minha mãe não deixou que eu fizesse o curso, tinha medo que eu acabasse indo presa por não ter paciencia com as crianças (imaginem como eu era nesta época!!), mas como disse minha irmã Sandra, se eu tivesse feito naquela época, talvez eu já tivesse desistido ou tivesse me desiludido, tudo vem na hora e no momento certo. Então, peço a todos meus amigos que rezem para que eu consiga trabalhar ano que vem, porque quem não vai me aguentar em casa é o maridão.
Tivemos dia 27, na sexta-feira, uma exposição na escola, onde nossos alunos puderam apresentar tudo que produzimos com a reciclagem de materiais, e olha que fizemos coisa belíssimas, como mostram as fotos de nosso amigo Edmar. Todos os professores se empenharam para que a escola pudesse brilhar, e realmente brilhou e muito. Todas as turmas apresentaram coisas lindas, teve até uma rave, com DJ e tudo o mais. Acho que estamos todos de parabéns, os professores, os funcionarios, os alunos, a direção e a supervisão. Foi cansativo, mas foi show!! Sim, nós podemos!!

sábado, 14 de novembro de 2009

Os dois vasos

Acho esta historinha perfeita!! Assim é a nossa vida e muitas vezes nos envergonhamos de nossos defeitos, que para outros podem ser qualidades, depende do ângulo em que se é olhado. Eu sei que morria de vergonha por tirar meu cochilo depois do almoço, parecia coisa de preguiçoso, até que li uma reportagem sobre os beneficios de se dormir um pouco a tarde, e depois surgiu mais outra reportagem e outra... Então, o que eu fazia e sentia vergonha fazia bem para mim e eu não sabia!! Leiam a história e vejam como é linda!!

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos,
cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela
carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o
outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de
água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa,
enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Por longo
tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que
chegava em casa com somente um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio
resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu
defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria
fazer. Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga
derrota, falou com a senhora durante o caminho: "Tenho
vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho
me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa..."
A velhinha sorriu: "Você reparou que lindas flores tem somente
do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e
portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado
e todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos
pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa.
Se tu não fosses como és, eu não teria aquelas maravilhas na minha
casa. Cada um de nós tem seu próprio defeito e é isto que faz com
que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso
aceitar cada um pelo que é e descobrir o que tem de bom nele."

Lembrem-se que quem postou esta mensagem tem defeitos também,
entretanto, espera conseguir regar as flores do lado da estrada....

domingo, 8 de novembro de 2009

Critica de Ariano Suassuna

Este texto reflete tudo o que penso sobre a pseudo cultura disseminada pelas musicas de forró da atualidade. Vamos lutar para que nossos jovens deixem de consumir estas porcarias, que as rádios coloque em suas programações, musicas de futuro, não estas coisas difíceis de encarar como música. Só assim deixarem de ter nossos ouvidos usados como penico. Não quero ser moralista nem nada disso, mas como alguém pode achar isso uma coisa legal?? Dizem que a geração dos anos 80 e 90 não deixaram nada de marcante, mas e esta geração que esta começando o século XXI, será que vai ser marcada por esta "músicas" educativas??
Leiam e texto e depois me digam se estou realmente errada.




CRITICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

'Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna