sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Que falta faz o melhor amigo do homem!!

Gente, dia 30 fará 1 mês que tivemos que sacrificar nosso cachorro vira-lata, o Bin Laden. Ele estava com 10 anos e meio e contraiu cinomose, que basicamente é a AIDS do cachorro. Eu nunca senti uma tristeza tão grande dentro da minha alma, e talvez, acredito, nunca mais sentirei algo parecido. No começo dos festejos juninos, com muitos fogos sendo estourado perto aqui de casa, ele simplesmente enlouqueceu e conseguiu fugir. Como ele não conhecia a vizinhança de nossa casa, ficou perdido pela cidade por 10 dias. Laura o encontrou perto da academia onde nós malhávamos. Estava de fazer dó!! Tão magro, tão machucado, tão ferido!! Chorava eu e chorava ele se enrolando em minhas pernas. Me olhava de forma tão triste, tão sofrida, que me fazia chorar mais ainda. Trouxemos ele aqui para casa, cuidamos dele e voltamos a nossa rotina. Comecei a reparar que ele comia, comia e não estava mais engordando, mudei a ração, dei petiscos, mas nada de engordar, até brinquei dizendo que ele estava ficando velhinho e estava magrinho e ranzinza como meu pai. Dia 24 de julho, ele começou a fazer uns barulhos esquisitos e fui ver o que estava acontecendo, ele estava se tremendo todo e com a respiração muito ofegante. Como aqui na cidade não tem pet shop com veterinário, fui no local que me indicaram, que vende ração, e de acordo com os sintomas que relatei, me passaram remédios para a doença do carrapato, demos os remédios e ele aparentemente melhorou e começou a andar em volta da casa. No dia seguinte com a continuidade do tratamento, ele deu a impressão de estar cego e começou a andar em círculos. Consegui o telefone de uma veterinária, que algumas instruções por telefone, não dormi nesta noite, preocupada com ele, que acabou caindo de tanto cansaço, sem querer parar de andar. No sábado, dia 28, levamos ele para a cidade vizinha que tem um pet shop. O dono, muito atencioso, nos encaminhou para uma veterinária, que nem sabíamos que atendia, na cidade de Macau. Chegamos lá, ela nos informou que ele estava com cinomose e em estado terminal, e nos perguntou o que a gente queria fazer, tentar o tratamento ou sacrificar. Como o ser humano pode se torna egoísta nesta hora!! Mesmo vendo o sofrimento do meu amigo, resolvemos tentar o tratamento, até porque, estávamos com os meninos juntos no consultório. Ele tomou um soro, recebeu uma medicação e ficou um pouco mais esperto, mas deste dia em diante, não conseguiu se levantar mais. Tudo que foi feito para ele, teve que ser ministrado por seringas, desde o medicamento, água e a comida. Os únicos momentos que ele chorava, era o momento que queria fazer xixi e não conseguia ir até o local onde ele estava acostumado a usar, fazia em cima da toalha mesmo e chorava. Na segunda-feira, dia 30, ele não conseguiu levantar mais a cabeça. Até este dia, nos momentos que íamos dar a comida, a água, ele ainda levantava a cabeça e ficava esperando, na segunda, nem isso!! Liguei para a veterinária dizendo que ele não tinha melhorado e que a solução seria sacrificar mesmo. Que decisão mais difícil, meu Deus!! Até agora, escrevendo e revivendo o que vivemos, estou escrevendo e chorando! Preparei as crianças, expliquei para Mateus que ele estava sofrendo muito, mas muito mesmo, e que era uma judiação deixar ele daquele jeito. Com Laura, foi muito mais difícil, ela chorou o dia inteiro! Na hora de levarmos o nosso amigo Bin Laden para sua última viagem, com ele no colo, como se fosse um bebezinho, deixei ele se despedir dos seus irmãos, e como me doeu isso, parecia que ele sabia que era a última vez que estava vendo Mateus e Laura. Levei ele no meu colo, dentro do carro, e ele nem sequer se mexeu. Chegando na clínica, a veterinária (uma pessoa abençoada!) me garantiu que ele nada iria sofrer, primeiro ela ministrou uma anestesia, e na primeira seringa, a respiração parou, de tão fraco que ele estava. Foi aplicada uma outra anestesia, e vimos o coraçãozinho dele começar a bater devagar, depois mais devagar até parar, e ainda por cima, a Dra. Angélica, ainda aplicou um medicamento no coração dele. Que momento mais triste!! Acho que nunca chorei tanto!! O que me deixa um pouco mais aliviada, é saber que ele foi um cachorro feliz, que os últimos momentos dele foi ao lado da sua família, e que ele foi um cachorro muito amado. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, e que ele nos fez muito feliz nestes 10 anos e meio. Agora, só nos resta a saudade!! Uma saudade imensa, um vazio que não tem tamanho. Acho que foi Laura quem melhor definiu: sentiremos saudades de ouvir o barulho dele bebendo água e dos latidos dele, que não deixavam ela dormir, quando eu saía de casa para resolver alguma coisa, pois ele latia da hora que eu fechava o portão da garagem e só parava quando ele ouvia o barulho do meu carro chegando!! Realmente estes detalhes fazem com que a gente sinta tanta falta. Todos os momentos me lembro dele, quando soltam um rojão aqui fora, quando faço alguma carne que tem osso, quando olho para meu quintal sem o seu dono. Acho que ele deve estar no céu dos cachorros a esta hora, olhando por nós, e quando não está fazendo isso, deve estar correndo atrás do rabo dele, como sempre fazia. Por nossa escolha, não teremos mais nenhum animal de estimação, pois nos mudamos demais e isso dificulta um pouco as nossas mudanças. Mas a experiência que tivemos, posso dizer: valeu a pena!! Bin, você faz muita falta!! Obrigada por ter sido nosso amigo e nosso companheiro por tanto tempo. Sempre iremos te amar e nos lembraremos de você eternamente!! Valeu!!

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